Chip com radar monitora respiração à distância

09/05/2011 16:03

Respiração à distância

Pesquisadores da Universidade do Instituto Nacional Tyndall, na Irlanda, desenvolveram um microchip capaz de monitorar a frequência respiratória de uma pessoa sem qualquer contato com a pessoa sob observação.

O chip vai permitir o monitoramento constante de bebês no berço, pacientes hospitalizados e outras pessoas com risco de apneias obstrutivas, incluindo a Síndrome da Morte Súbita do Lactente (SMSL).

O sensor poderá ser usado também para a detecção da sonolência e do adormecimento súbito em motoristas.

 

Detecção de movimento sem contato

A tecnologia do sensor também permite várias outras aplicações importantes, como facilitar a vida dos pacientes, que poderão ser monitorados em casa. Os dados podem ser enviados em tempo real aos médicos e ou a equipes de primeiros socorros nos hospitais.

O minúsculo chip poderá ser usado ainda para monitoramento da fadiga e para cuidados à saúde personalizados.

Apesar de suas aplicações no campo biomédico, o microchip sensor pode ser empregado em outras aplicações que exigem a detecção de objetos em movimento sem contato.

 

Radar da saúde

O circuito do sensor é composto de radar de pulso de banda ultra-larga, capaz de detectar movimentos em escalas menores do que um centímetro.

O radar emite pulsos muito curtos em direção ao peito da pessoa e detecta o eco refletido na proximidade da pele. O sinal de saída fornecido pelo sensor é, portanto, sensível ao movimento do tórax.

Esta é a primeira vez que um radar de pulso de banda ultra-larga foi integrado em um único chip de silício. O dispositivo opera em conformidade com as mais rigorosas normas mundiais para dispositivos médicos.

 

Controle das doenças respiratórias

"Nós acreditamos que este circuito terá um profundo impacto sobre o controle das doenças respiratórias, bem como reduzir o número de mortes resultantes da Síndrome da Morte Súbita ou acidentes decorrentes da fadiga dos motoristas," diz Dr. Domenico Zito, coordenador da pesquisa.

"O circuito dá aos médicos acesso a dados exaustivos gravados em longos intervalos de observação, o que lhes permitirá entender mais sobre as patologias e suas manifestações," conclui Zito.

 

Fonte: Diário da Saúde